Nos últimos 40 anos, a produção agropecuária brasileira vem se desenvolvendo para tornar o Brasil o grande fornecedor de alimentos do futuro [1]. O agronegócio é setor mais importante da economia nacional brasileira, representando cerca de um terço do PIB brasileiro [2]. Em 2019, a soma de bens e serviços gerados no agronegócio chegou a R$ 1,55 trilhão, sendo a maior parcela a do ramo agrícola, que corresponde a R$ 1,06 trilhão [1].
É dispensável dizer que o Brasil possui um solo de qualidade, clima favorável e grande oportunidade de mão de obra. Essas são vantagens que fazem o agronegócio ser o propulsor da economia nacional. Outro ponto relevante é a grande capacidade empregadora e de geração de renda que traz a produção agropecuária, além de ter um desempenho superior ao desempenho do setor industrial. Isso faz com que o Brasil ocupe uma posição de destaque no âmbito global [2].
Produzindo excedentes cada vez maiores, o agronegócio brasileiro expandiu suas vendas para o mundo, gerando excedente que libertam a economia brasileira [1]. Responsável por 64% da produção mundial de suco de laranja, o Brasil representa 76% da exportação desse produto. Além dele, o país também é responsável por 32% da produção mundial de café e de soja, 20% de açúcar, 16% de carne bovina, 13% de frango, 9% de milho e 4% de carne suína.
Atualmente, o Brasil representa 8% da exportação mundial de produtos agrícolas, o terceiro maior exportador dessa categoria. Só em 2019, 43% das exportações brasileiras foram de produtos do agronegócio [1], produção que tende a crescer ainda mais. Os índices mostram que, do ano de 2018 até o de 2028, a produção do milho deve aumentar 25%, a de peixe 17%, a de carne suína 16%, a de leite 23%, a de soja 22% e de carne bovina 12,3%, sendo que todos esses números são maiores que a taxa de crescimento prevista para a produção mundial dos mesmos produtos.
Em relação à produtividade no setor pecuário, o Brasil produz 27.718 milhões de toneladas de carne, sendo essas carnes bovina, suína e de galinha. Além disso, houve uma diminuição de 15,5%, do ano de 1990 até 2019, da área de pastagem, mesmo assim a produtividade aumentou 169%, durante o mesmo intervalo de tempo.
Além disso, o setor agropecuário também tem contribuído no enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia, já que garante o abastecimento interno e apresentou crescimento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre de 2020. Outro ponto que contribuiu para isso é que, durante o primeiro quadrimestre de 2020, o volume das exportações do agronegócio cresceu 11%, sendo que só para a China, o crescimento foi de 28% em volume, e 26% em receita [1].
